segunda-feira, 6 de abril de 2020

9 ANOS - Português - Profª Tania

E. E. E. F. DAVID CANABARRO 
ATIVIDADE: Aula programada
Ano: 9o TURMAS: 9A e 9B
DATA: 06/04/2020 
DISCIPLINA: Língua Portuguesa
PROFESSORA: Tania Mara dos Santos Vargas 
Texto: 
Bullying. Não tem a menor graça! 
Você já foi alvo de gozação ou viu alguém sendo sacaneado constantemente? 
Não era brincadeira. Era o bullying em ação. 
A palavra 
Sem tradução para o português, bullying é toda agressão feita com a intenção de machucar outra pessoa ou até uma turma inteira. Mas, para ser considerado bullying de verdade, também é preciso que essa atitude agressiva se repita uma porção de vezes. Sabe aquele garoto que fica gozando do colega todo santo dia, fazendo piadinhas infelizes a respeito da orelha de abano do garoto? Pois essa atitude grosseira, repetitiva, disfarçada de brincadeira, é o tal de bullying. Mas esse comportamento vai além dos apelidos maldosos. Ele também é uma característica de quem gosta de ofender, humilhar, discriminar, intimidar, enfim, de quem se diverte fazendo tudo o que faça uma menina (ou menino) sofrer (vela mais exemplos em “As faces da maldade”). 
Jéssica cansou de ser chamada de “Choquito”, por causa de suas espinhas. Aline fica triste sempre que tiram sarro dela só porque gosta de um menino da classe. Jaqueline chora porque, de uma hora para outra, suas amigas passaram a excluí-la das conversas. O que essas três meninas têm em comum? Todas sofrem de um problema conhecido como bullying, que vem cada vez mais chamando a atenção de pais e professores. 
Menino é diferente 
A prática do bullying 
nem sempre é igual para meninos e meninas. Segundo Aramis Lopes, pediatra e coordenador do Programa de Redução do Comportamento Agressivo entre Estudantes, os garotos são mais explícitos. É comum ver meninos tirando sarro de alguém na frente de todo mundo. “Já a menina é educada para ser mais recatada, discreta. Sendo assim, a estratégia delas é outra”, explica o médico. É isso mesmo! A menina é mais sutil e vai, como se diz, “comendo pelas bordas”. Uma fofoquinha aqui, uma esnobada ali e lá está ela colocando em prática sua maldade. “A princípio, elas são amigas. Mas, quando vai ver, uma garota já está sendo vítima de difamação e exclusão dentro de seu grupo”, acrescenta Aramis. 
Para esses casos, o especialista dá a melhor solução: trocar de turma. Afinal de contas, você é livre para ser amiga de quem bem entender e não tem nada a ver ficar atrás de meninas que só querem vê-la numa pior, não é mesmo? 
Mas, quando o assunto é gozação na frente de todo mundo, como nos casos em que o cidadão grita um apelido infeliz pelos quatro cantos da escola, a pedagoga Karen Kaufmann Sacchetto, da Escola São Gabriel Pompéia, em São Paulo, tem a saída: “Evite reforçar essa atitude. Tente ignorar o máximo que puder”. E Aramis complementa: “Saia de perto, para a brincadeira não continuar e você não sofrer”. 
Uma outra forma de agressão tem crescido, silenciosa, no meio dos adolescentes: o cyberbullying. Pouco se fala sobre o assunto no Brasil, mas acontece com muita frequência na internet. Quer exemplos? Os sites de ódio, as comunidades preconceituosas do Orkut, os blogs com mensagens negativas sobre uma pessoa ou um grupo... Fugir disso é fácil. Basta não fazer parte dessa galera de jeito nenhum. 
As faces da maldade 
Veja o que é considerado bullying pela Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência (Abrapia): 
colocar apelidos excluir dominar 
ofender isolar agredir 
zoar ignorar bater 
gozar intimidar chutar 
encarnar perseguir empurrar 
sacanear assediar ferir 
humilhar aterrorizar roubar 
fazer sofrer amedrontar quebrar pertences 
discriminar tiranizar 
Contar ou não, eis a questão 
E os pais, como ficam nessa história toda? “Se tiver coragem, conte a eles, pois podem ajudá-la, diz Karen. Porém o pediatra Aramis alerta: “Procure alguém de sua confiança, um colega, um professor, um funcionário da escola, ou seus pais e conte o que se passa com você. De preferência, os pais só devem interferir com o consentimento dos filhos”. Se você estiver certa de que quer a ajuda de seus pais nessa luta, peça uma mãozinha. Do contrário, se tiver medo de que a situação piore, busque apenas o apoio deles, mas não desista de tentar se livrar desse sofrimento. Ficar quieto e aceitar todos os tipos de maldade é o comportamento mais incorreto. Muitas vezes, quando ficamos chateadas não há nada melhor do que o colo e os conselhos do pai e da mãe para nos dar um calorzinho no coração. 
A diretoria da escola também pode ser avisada, principalmente em casos mais graves, como os de ameaça. Entretanto, se você não quer falar abertamente sobre o que está acontecendo, vale sugerir à diretoria que faça um programa de conscientização com os alunos. Você pode, por exemplo, dizer que tem visto alguns colegas sofrendo por causa do bullying e que seria muito bom se houvesse alguém para conversar com todos os alunos, alertando sobre esse mal. 
Por que essas criaturas existem? 
Ninguém nasce com um “gene do bullying”. Isso não é um defeito de fabricação. Normalmente, o chamado “agressor” começa com atitudes ruins desde criança. “Um exemplo é o caso da criança que fala palavrão, todo mundo acha bonitinho e ninguém impõe limites”, aponta a pedagoga Karen Kaufmann. Quando ela se torna adolescente, leva suas “brincadeirinhas” de mau gosto na bagagem e atinge seus colegas da mesma idade. “O agressor impõe o seu comportamento dentro do grupo e, com isso, atrai seguidores, que passam a fazer maldades também. Dessa forma, se estourar algum problema, o líder joga a responsabilidade dos seus atos para cima dos outros e, ao mesmo tempo, diminui seu peso na consciência”, explica Aramis. “Muitos garotos e garotas, por iniciativa própria, não fariam tantas maldades. Mas, para pertencer a um determinado grupo, acabam seguindo os passos do líder”, acrescenta o especialista. 
Portanto, se você encontrar uma turminha do mal como essas por perto, deixe-a para lá. O ditado “Não faça com os outros o que você não gostaria que lhe fizessem” é muito importante. Lembre-se sempre dele. 
MERCATELLI, Veridiana. Bullying. Não tem a menor graça! Disponível em:http://atrevida.uol.com.br/beleza-gente/126/artigo5055-2asp 
COMPREENSÃO DO TEXTO 
1) Copie no caderno a alternativa que define mais completamente o bullying
( ) Piadas e apelidos maldosos. 
( ) Agressões intencionais e repetitivas. 
( ) Gozações e brincadeiras entre colegas. 
2) Elabore um parágrafo explicando resumidamente o que, segundo o texto, diferenciaria o comportamento de 
bullying praticado por meninas do praticado por meninos. 
3) Você concorda com essa explicação? Por quê? 
4) Qual seria, na perspectiva dos especialistas, a melhor atitude diante de provocações de bullying? Assinale a 
resposta certa: 
( ) Revidar, devolvendo as provocações. 
( ) Permanecer próximo dos agressores, para poder ser aceito. 
( ) Afastar-se dos agressores, procurando ignorar ofensas. 
Você concorda com esse ponto de vista? Por quê? 
5) A partir da reportagem, defina o que é cyberbulling. 
6) Você concorda que “aceitar todos os tipos de maldade é o comportamento mais incorreto” para quem sofre 
bullying ou cyberbullying? Por quê? 
• Para você, quem uma vítima de bullying deveria procurar para ter ajuda? Por quê? 
7) Você concorda que o bullying começa com a ação de um agressor, um líder negativo? Argumente. 
8) Releia: 
“Muitos garotos e garotas, por iniciativa própria, não fariam tantas maldades. Mas, para pertencer a um determinado grupo, acabam seguindo os passos do líder.” 
• Você acha que é mesmo assim? Argumente. 
9) O texto fala de quem comete e de quem sofre o bullying. Que opinião você tem sobre quem apenas observa 

situações de bullying? Essa atitude é correta? Por quê? 

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